domingo, 15 de julho de 2018

REENCARNAÇÃO O MISTERIOSO CASO DE SHANTI DEVI

Essa é uma daquelas histórias que colocam uma pulga atrás da orelha até mesmo nos mais céticos. Shanti Devi foi uma indiana, nascida em 11 de dezembro de 1926 na cidade de Delhi, que ficou mundialmente famosa pela história de sua suposta reencarnação.

Desde criança, ainda na década de 1930, Shanti frequentemente contava para seus pais fatos detalhados de uma vida passada, onde se chamava Ludgi. Já aos quatro anos de idade, a garota dizia a seus pais que sua verdadeira casa ficava na cidade de Mathura, e que lá havia vivido com seu marido e um filho. Primeiramente, seus pais não a compreendiam e ignoravam – o que fez com que ela tentasse fugir de casa, sem sucesso.

Shanti quando criança
Shanti quando criança

Foi então que um tio-avô decidiu ajudar Shanti, pedindo para que ela detalhasse o que sabia sobre seu suposto marido que morava em Mathura. Com as informações da garota em mãos, uma amiga da família enviou uma carta para o endereço onde ela havia dito que seu marido, que chamava de Choube Kedar Nath, morava.

Pouco tempo depois, uma reposta veio, atestando que as informações da garota pareciam estar corretas, e sugerindo um encontro entre Shanti e um parente de Choube Kedar Nath, Kanji Mal. Ao encontrá-lo, a garota o reconheceu como o primo mais novo do seu antigo marido, e respondeu a todas as suas perguntas corretamente. Depois da conversa, Kanji Mal atestou estar convencido de que Shanti era, na verdade, Ludgi. Curioso, também, foi o fato de que a garota, ainda criança, conhecia o dialeto local da cidade, sem nunca ter tido aulas ou contato com alguém que o falasse. Pelo menos nesta vida.

No dia 13 de novembro de 1935, o homem chamado Kedar Nath, junto com sua terceira esposa, foi até a casa de Shanti Devi em Delhi. A garota reconheceu seu marido e seu filho (que agora era mais velho que ela) e desabou em lágrimas por cerca de uma hora. Depois disso, em uma sala separada, Kedar fez uma série de perguntas íntimas para a garota – as quais ela respondeu tranquilamente. O homem também se convenceu de que se tratava de Ludgi.

Doze dias mais tarde ela foi levada a se encontrar com Mahatma Gandhi, para que o líder avaliasse a veracidade da sua história. Shanti passou por uma série de análises realizadas por Gandhi e seu comitê, e foi observada de perto durante um bom tempo. Depois de responder uma série de perguntas e reconhecer pessoas que fizeram parte da vida de Ludgi, Gandhi simplesmente não conseguiu provar que a garota estava mentindo.

Apesar de ter reencontrado a família de que tanto falava, Shanti obviamente tinha convicção de que não seria capaz de cuidar de seu antigo filho, e que seu marido (que já estava casado novamente) era muito mais velho que ela para constituir uma família. Por conta disso, a garota acabou decidindo por se afastar da família de sua vida passada para viver em Delhi.

Ela foi encontrada em 1958 por um repórter que tentava abordar o caso novamente. Shanti levava uma vida discreta como funcionária pública em Delhi e decidiu não comentar sobre sua vida passada, pois havia sido muito difícil deixá-la para trás, e não queria mais sofrer.

Shanti já adulta

Shanti já adulta

O escritor sueco Sture Lonnestrand foi um dos que duvidou da história que correu o mundo no século passado. Decidido que de a história de Shanti não passava de uma grande farsa, ele percorreu Delhi e Mathura, investigando tudo o que pudesse, determinado a provar a farsa. No entanto, toda sua pesquisa não conseguiu encontrar sequer um ponto que contrariasse a ressurreição da garota. No final, Lonnestrand escreveu: “Este é o único caso de reencarnação completamente explicado e provado”. No entanto, para outros autores, como Frederico Wood, Lonnestrand exagerou, tornou-se um fanático pelo caso e acabou ignorando outras ocorrências de ressurreição já presentes na literatura.

Leonardo Ambrosio


Filme sobre A REENCARNAÇÃO DE MANIKA 

A REENCARNAÇÃO DE MANIKA

Trata-se de um drama de fundo romântico, Manika (nome de Shanti Devi no filme) é sobre o tema reencarnação sem sentimentalismo, analisando-o também sob o ponto de vista da religião – enfoque relegado a último plano na maioria das produções sobre o tema. Porém, se isso não bastasse para diferenciá-lo de outros filmes sobrenaturais, diga-se de passagem que o filme é sobre um caso verídico. Casos de reencarnação documentados são comuns na religião hindu, onde o fenômeno é componente importante da crença. A história de Manika é narrada por um padre católico irlandês em missão no Oceano Índico, despertando o interesse do espectador ocidental (para o cristão católico a ressurreição acontecerá no Juízo Final).O roteiro de Villiers tira grande proveito do drama da garota de dez anos em busca da explicação para seu caso. Ilustra o filme trabalhando os dogmas religiosos, tanto católicos quanto hindus. Consciente de suas limitações, Villiers consegue contar a aventura espiritual da garota Manika e do padre Daniel com muita simplicidade, num cenário exuberante e com uma história tão complexa.
Manika Kalattil (Ayesha Dharker) é filha de família pobre, residente em um vilarejo de pescadores, numa ilha da costa da Índia. Seus pais converteram-se ao Catolicismo e ela estuda na escola fundada pelos padres. Ela surpreende seus colegas de escola contando histórias sobre uma outra vida dela no Nepal a 3.000 Km daquela região. Ela era casada e rica. Tais informações chega aos ouvidos do padre Daniel (Julian Sands), seu professor, que, a princípio, a repreende. Mas, com o passar do tempo, Manika vai convencendo-o com sucessivas revelações.
Manika tinha sonhos reveladores muito significativos: um dia disse que voltou a ver a casa onde morou. Viu o rio Bagmati, os templos de Dhulikot e o Himalaia no horizonte. Viu o homem bonito que era seu marido cujo nome era Ranjit Sharma. Eles se amavam muito. Antes de morrer pediu-lhe que jurasse que a esperaria e ele lhe fez um juramento solene. Por isso ela tinha que ir vê-lo. As informações de Manika são checadas pelo padre Daniel e ele fica cada vez mais convencido da veracidade das mesmas. Seus pais, apreensivos com o que está ocorrendo, providenciam um ritual exorcista para curá-la, sem resultados…
Sob crescente ansiedade, Manika foge para ir ao Nepal na esperança de encontrar seu antigo marido e o lugar onde residiu. Padre Daniel parte em sua busca e resolve levá-la até lá. Num momento emocionante, Ranjit Sharma (Suresh Uberoi) reconhece em Manika sua esposa já desencarnada.
Parece que o diretor e roteirista deste filme, baseou seu interessante drama nos casos de reencarnação documentados por vários pesquisadores, especialmente pelo Prof. Dr. Ian Stevenson, ilustre Diretor do Departamento de Psiquiatria e Neurologia da Escola de Medicina da Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos da América, autor do notável livro Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação (Twenty Cases Suggestive of Reincarnation, 1996; editado no Brasil pela Editora Difusora Cultural, São Paulo, SP, 1ª ed., 1971, 520 p.) sendo que destes vinte casos, sete foram registrados na Índia.


Artigo sobre O MISTERIOSO CASO DE SHANTI DEVI

PROGRAMA TRANSIÇÃO REENCARNAÇÃO NA BÍBLIA

Excelente programa, com vários estudiosos da Bíblia, mostrando que a reencarnação está nos ensinamentos Bíblicos, com Haroldo Dutra.


UMA CASA DIVIDIDA

Mais uma belíssima passagem do Evangelho do CRISTO. 
Uma Casa Dividida, Lucas 11: 14-26, Mateus 12: 31 - 42.
Cena do filme A Vida de JESUS CRISTO.
Que essa mensagem traga mais leveza em seu dia e a paz de JESUS ao seu coração.


Para assistir o filme completo clique no link abaixo.
CLIQUE AQUI

A GÊNESE 
os milagres e as predições segundo o Espiritismo

Capítulo XV – Os milagres do Evangelho

Possessos

29. Vieram em seguida a Cafarnaum e Jesus, entrando primeiramente, em dia de sábado, na sinagoga, os instruía. — Admiravam-se da sua doutrina, porque ele os instruía como tendo autoridade e não como os escribas. Ora, achava-se na sinagoga um homem possesso de um Espírito impuro, que exclamou: — Que há entre ti e nós, Jesus de Nazaré? Vieste para nos perder? Sei quem és: és o santo de Deus. — Jesus, porém, falando-lhe ameaçadoramente, disse: Cala-te e sai desse homem. — Então, o Espírito impuro, agitando o homem em violentas convulsões, saiu dele.

Ficaram todos tão surpreendidos que uns aos outros perguntavam: Que é isto? Que nova doutrina é esta? Ele dá ordem com império, até aos Espíritos impuros, e estes lhe obedecem. (S. Marcos, 1:21 a 27.)

30. Tendo eles saído, apresentaram-lhe um homem mudo, possesso do demônio. — Expulso o demônio o mudo falou e o povo, tomado de admiração, dizia: Jamais se viu coisa semelhante em Israel. Mas os fariseus, ao contrário, diziam: É pelo príncipe dos demônios que ele expele os demônios. (S. Mateus, 9:32 a 34.)

31. Quando ele foi vindo ao lugar onde estavam os outros discí- pulos, viu em torno destes uma grande multidão de pessoas e muitos escribas que com eles disputavam. — Logo que deu com Jesus, todo o povo se tomou de espanto e temor e correram todos a saudá-lo. Perguntou ele então: Sobre que disputáveis em assembléia? — Um homem, do meio do povo, tomando a palavra, disse: Mestre, trouxe-te meu filho, que está possesso de um Espírito mudo; — em todo lugar onde dele se apossa, atira-o por terra e o menino espuma, rilha os dentes e se torna todo seco. Pedi a teus discípulos que o expulsassem, mas eles não puderam. Disse-lhes Jesus: Oh! gente incrédula, até quando estarei convosco? 

Até quando vos suportarei? Trazei-mo. — Trouxeram-lho e ainda não havia ele posto os olhos em Jesus, e o Espírito entrou a agitá-lo violentamente; ele caiu no chão e se pôs a rolar espumando. Jesus perguntou ao pai do menino: Desde quando isto lhe sucede? — Desde pequenino, diz o pai. — E o Espírito o tem lançado, muitas vezes, ora à água, ora ao fogo, para fazê-lo perecer; se alguma coisa puderes, tem compaixão de nós e socorre-nos. 

Respondeu-lhe Jesus: Se puderes crer, tudo é possível àquele que crê. — Logo exclamou o pai do menino, banhado em lágrimas: Senhor, creio, ajuda-me na minha incredulidade. Jesus, vendo que o povo acorria em multidão, falou em tom de ameaça ao Espírito impuro, dizendo-lhe: Espírito surdo e mudo sai desse menino e não entres mais nele. — Então, o Espírito, soltando grande grito e agitando o menino em violentas convulsões, saiu, ficando como morto o menino, de sorte que muitos diziam que ele morrera. — Mas Jesus, tomando-lhe as mãos e amparando-o, fê-lo levantar-se. Quando Jesus voltou para casa, seus discípulos lhe perguntaram, em particular: Por que não pudemos nós expulsar esse demônio? — Ele respondeu: Os demônios desta espécie não podem ser expulsos senão pela prece e pelo jejum. (S. Marcos, 9:13 a 28.)

32. Apresentaram-lhe então um possesso cego e mudo e ele o curou, de modo que o possesso começou a falar e a ver: — Todo o povo ficou presa de admiração e dizia: Não é esse o filho de David? Mas os fariseus, isso ouvindo, diziam: Este homem expulsa os demônios com o auxílio de Belzebu, príncipe dos demônios. Jesus, conhecendo-lhes os pensamentos, disse-lhes: Todo reino que se dividir contra si mesmo será arruinado e toda cidade ou casa que se divide contra si mesma não pode subsistir. — Se Satanás expulsa a Satanás, ele está dividido contra si mesmo, como, pois, o seu reino poderá subsistir? — E, se é por Belzebu que eu expulso os demônios, por quem os expulsarão vossos filhos? Por isso, eles próprios serão os vossos juízes. — Se eu ex pulso os demônios pelo Espírito de Deus, é que o reino de Deus veio até vós. (S. Mateus, 12:22 a 28.)

33. Com as curas, as libertações de possessos figuram entre os mais numerosos atos de Jesus. Alguns há, entre os fatos dessa natureza, como os acima narrados, no nº 30, em que a possessão não é evidente. Provavelmente, naquela época, como ainda hoje acontece, atribuía-se à influência dos demônios todas as enfermidades cuja causa se não conhecia, principalmente a mudez, a epilepsia e a catalepsia. Outros há, todavia, em que nada tem de duvidosa a ação dos maus Espíritos, casos esses que guardam com os de que somos testemunhas tão frisante analogia, que neles se reconhecem todos os sintomas de tal gênero de afecção. A prova da participação de uma inteligência oculta, em tal caso, ressalta de um fato material: são as múltiplas curas radicais obtidas, nalguns centros espíritas, pela só evoca- ção e doutrinação dos Espíritos obsessores, sem magnetização, nem medicamentos e, muitas vezes, na ausência do paciente e a grande distância deste. A imensa superioridade do Cristo lhe dava tal autoridade sobre os Espíritos imperfeitos, chamados então demônios, que lhe bastava ordenar se retirassem para que não pudessem resistir a essa injunção. (Cap. XIV, nº 46.)

34. O fato de serem alguns maus Espíritos mandados meter-se em corpos de porcos é o que pode haver de menos provável. Aliás, seria difícil explicar a existência de tão numeroso rebanho de porcos num país onde esse animal era tido em horror e nenhuma utilidade oferecia para a alimentação. Um Espírito, porque mau, não deixa de ser um Espírito humano, embora tão imperfeito que continue a fazer mal, depois de desencarnar, como o fazia antes, e é contra todas as leis da Natureza que lhe seja possível fazer morada no corpo de um animal. No fato, pois, a que nos referimos, temos que reconhecer a existência de uma dessas ampliações tão comuns nos tempos de ignorância e de superstição; ou, então, será uma alegoria destinada a caracterizar os pendores imundos de certos Espíritos.

35. Parece que, ao tempo de Jesus, eram em grande número, na Judéia, os obsidiados e os possessos, donde a oportunidade que ele teve de curar a muitos. Sem dúvida, os Espíritos maus haviam invadido aquele país e causado uma epidemia de possessões. (Cap. XlV, nº 49.) 

Sem apresentarem caráter epidêmico, as obsessões individuais são muitíssimo freqüentes e se apresentam sob os mais variados aspectos que, entretanto, por um conhecimento amplo do Espiritismo, facilmente se descobrem. Podem, não raro, trazer conseqüências danosas à saúde, seja agravando afecções orgânicas já existentes, seja ocasionando-as. 

Um dia, virão a ser, incontestavelmente, arroladas entre as causas patológicas que requerem, pela sua natureza especial, especiais meios de tratamento. Revelando a causa do mal, o Espiritismo rasga nova senda à arte de curar e fornece à Ciência meio de alcançar êxito onde até hoje quase sempre vê malogrados seus esforços, pela razão de não atender à primordial causa do mal. (O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, cap. XXIII.)

36. Os fariseus diziam que por influência dos demônios é que Jesus expulsava os demônios; segundo eles, o bem que Jesus fazia era obra de Satanás; não refletiam que, se Satanás expulsasse a si mesmo, praticaria rematada insensatez. É de notar-se que os fariseus daquele tempo já pretendessem que toda faculdade transcendente e, por esse motivo, reputada sobrenatural, era obra do demônio, pois que, na opinião deles, era do demônio que Jesus recebia o poder de que dispunha. É esse mais um ponto de semelhança daquela com a época atual e tal doutrina é ainda a que a Igreja procura fazer que prevaleça hoje, contra as manifestações espíritas.*
____________________________________________
* Nem todos os teólogos, porém, adotam opiniões tão absolutas sobre a doutrina demoníaca. Aqui está uma cujo valor o clero não pode contestar, emitida por um eclesiástico, Monsenhor Freyssinous, bispo de Hermópolis, na seguinte passagem das suas Conferências sobre a religião, tomo 2º, pág. 341 (Paris, 1825): “Se Jesus operasse seus milagres pelo poder do demônio, este houvera trabalhado pela destruição do seu império e teria empregado contra si próprio o seu poder. Certamente, um demônio que procurasse destruir o reinado do vício para implantar o da virtude, seria um demônio muito singular. Eis por que Jesus, para repelir a absurda acusação dos judeus, lhes dizia: “Se opero prodí- gios em nome do demônio, o demônio está dividido consigo mesmo, trabalha, conseguintemente, por se destruir a si próprio!” resposta que não admite réplica. É precisamente o argumento que os espíritas opõem aos que atribuem ao demônio os bons conselhos que os Espíritos lhes dão. O demônio agiria então como um ladrão profissional que restituísse tudo o que houvesse roubado e exortasse os outros ladrões a se tornarem pessoas honestas.

VISÕES - VOCÊ PODE ME AJUDAR?

Michael Lewis é um jovem arquiteto de Nova York que tem uma série de sonhos e visões que o assustam. Seu temor aumenta quando atropela uma velha senhora que, em seus braços antes de morrer, murmura com alívio o seu nome. Logo após, surpreendentemente a senhora o visita em sua forma espiritual. Enquanto viva ela tinha a habilidade de ver os espíritos e sua missão era ajudá-los em suas pendências na passagem deste mundo para o mundo espiritual. O seu alívio reside no fato de estar passando essa tarefa a Michael. Todavia o seu legado traz um número de espíritos insatisfeitos com Michael e ao mesmo tempo coincide com a presença de um "serial killer" e suas vítimas. Com a ajuda de Isabel um espírito na forma de uma bela jovem e uma menininha ele tenta desenvolver suas habilidades para ajudar os demais e apanhar o serial killer.


ESTREIA EM 29 DE OUTUBRO DE 2000

PORQUE A REENCARNAÇÃO PASSOU A SER CONDENADA PELA IGREJA CATÓLICA

Até meados do século VI, todo o Cristianismo aceitava a Reencarnação que a cultura religiosa oriental já proclamava, milênios antes da era cristã, como fato incontestável, norteador dos princípios da Justiça Divina, que sempre dá oportunidade ao homem para rever seus erros e recomeçar o trabalho de sua regeneração, em nova existência.

Aconteceu, porém, que o segundo Concílio de Constantinopla, atual Istambul, na Turquia, em decisão política, para atender exigências do Império Bizantino, resolveu abolir tal convicção, cientificamente justificada, substituindo-a pela ressurreição, que contraria todos os princípios da ciência, pois admite a volta do ser, por ocasião de um suposto juízo final, no mesmo corpo já desintegrado em todos os seus elementos constitutivos.

É que Teodora, esposa do famoso Imperador Justiniano, escravocrata desumana e muito preconceituosa, temia retornar ao mundo, na pele de uma escrava negra e, por isso, desencadeou uma forte pressão sobre o papa da época, Virgílio, que subira ao poder através da criminosa intervenção do general Belisário, para quem os desejos de Teodora eram lei.

E assim, o Concílio realizado em Constantinopla, no ano de 553 D.C, resolveu rejeitar todo o pensamento de Orígenes de Alexandria, um dos maiores Teólogos que a Humanidade tem conhecimento. As decisões do Concílio condenaram, inclusive, a reencarnação admitida pelo próprio Cristo, em várias passagens do Evangelho, sobretudo quando identificou em João Batista o Espírito do profeta Elias, falecido séculos antes, e que deveria voltar como precursor do Messias
(Mateus 11:14 e Malaquias 4:5).

Agindo dessa maneira, como se fosse soberana em suas decisões, a assembléia dos bispos, reunidos no Segundo Concílio de Constantinopla, houve por bem afirmar que reencarnação não existe, tal como aconteceu na reunião dos vaga-lumes, conforme narração do ilustre filósofo e pensador cristão, Huberto Rohden, em seu livro ” Alegorias “, segundo a qual, os pirilampos aclamaram a seguinte sentença, ditada por seu Chefe D. Sapiêncio, em suntuoso trono dentro da mata, na calada da noite: ” Não há nada mais luminoso que nossos faróis, por isso não passa de mentira essa história da existência do Sol, inventada pelos que pretendem diminuir o nosso valor fosforescente “.

E os vaga-lumes dizendo amém, amém, ao supremo chefe, continuaram a vagar nas trevas, com suas luzinhas mortiças e talvez pensando – “se havia a tal coisa chamada Sol, deve agora ter morrido”. É o que deve ter acontecido com Teodora: ao invés de fazer sua reforma íntima e praticar o bem para merecer um melhor destino no futuro, preferiu continuar na ilusão de se poder fugir da verdade, só porque esta fora contestada pelos deuses do Olimpo, reunidos em majestoso conclave.

Vivaldo J. de Araújo é Professor e Procurador de Justiça do Estado de Goiás.